17 de fevereiro de 2009

TEXTO DE APOIO: "INTERNET"

INTERNAUTAS DE TODO O MUNDO, UNI-VOS!


Durante a Guerra Fria (décadas de 60/70 e meados da década de 80) um dos maiores medos dos norte americanos era o de perder as informações hospedadas em servidores localizados dentro de “quartéis-generais” estratégicos. Se um ponto fosse bombardeado as informações importantes e essenciais não seriam perdidas.

Dessa forma, o Departamento de Defesa pensou em um sistema que interligasse vários pontos, de modo que não se centralizasse o comando. Com uma rede onde não há um computador central, caso a Casa Branca fosse atingida, as informações “iriam” para o Pentágono. E se o mesmo acontecesse no Pentágono, as informações já estariam a salvo em outro lugar qualquer. Essa Rede era considerada à prova de bombardeio, pois o “sistema não caía” caso um dos pontos desaparecesse. Denominou-se tal Rede, que surgiu em 1969, de ARPAnet (Advanced Research Projects Agency). Na verdade essa rede interligava, originalmente vários centros de pesquisas.

No início da década de 80 com o visível enfraquecimento da URSS, uma nova utilidade para a ARPAnet foi desenvolvida: Interligar laboratórios e universidades nos EUA e mais tarde, em outros países. Foi exatamente nessa época que surgiu o nome Internet. Apesar disso, apenas no final dos anos 80 a Internet passou a ser vista como um eficiente veículo de comunicação mundial. Cientistas e acadêmicos passaram a utilizá-la de forma muito mais intensa.

Foi então que no final da década de 80, Tim Berners-Lee teve a idéia de desenvolver com sua equipe do CERN (European Organization for Nuclear Research, de Genebra), um sistema de hipertexto que deveria funcionar em redes de computadores. Nesse momento, ele pensava apenas nos cientistas que precisavam compartilhar suas pesquisas uns com os outros.

Em 1991, esses pesquisadores tiveram a idéia de criar a World Wide Web. No início a maior parte das informações ainda era no formato de texto, com poucos desenhos. Em 1992, Marc Andressen, do NCSA (National Center for Supercomputer Activity), criou o primeiro navegador para Internet: o Mosaic, para sistema X Windows. Em seguida apareceram versões do Mosaic para Macintosh e Microsoft Windows. O Mosaic era capaz de interpretar gráficos e realizar navegações através de links, como podemos ver atualmente na Web.

Também em 92, All Gore, que era senador na época, impulsionado pelas eleições presidenciais, passou a falar sobre a Information Highway, ou Superestrada da Informação. Nesse momento todo mundo começou a prestar mais atenção na Internet e na Web. Logo surgiu um grande interesse comercial pela Rede e foi aí então que aconteceu sua grande expansão.

CRONOGRAMA DA HISTÓRIA DA INTERNET NO BRASIL

•1989 - Ibase cria o Alternex (serviço de conferências eletrônicas);
•1991 - Criada a conexão entre Rio e São Paulo, através da FAPESP (que passa a trafegar TCP/IP e fica responsável pelos domínios .br e pelos IPs no Brasil.
•1993 - Implantado o anel Rio - São Paulo – Brasília
•1995 - A Embratel lança o serviço definitivo de acesso comercial à Internet

Em nota conjunta de maio de 1995, o Ministério das Comunicações (MC) e o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) afirmaram que para tornar efetiva a participação da Sociedade nas decisões envolvendo a implantação, administração e uso da Internet, seria constituído um Comitê Gestor INTERNET (http://www.cg.org.br/sobre-cg/historia.htm), que contaria com a participação do MC e MCT, de entidades operadoras e gestoras de espinhas dorsais, de representantes de provedores de acesso ou de informações, de representantes de usuários e da comunidade acadêmica.

FUTURO DA INTERNET

A Internet veio para ficar. Agora, ao que tudo indica, a tendência é expandi-la entre seus usuários[1], e também, quanto à própria capacidade de armazenagem de dados. Daí, já é notório entre o meio, falar-se da tal “Internet II”.
Além disso, vale lembrar que a recente novidade da Internet está colocando em pauta novas discussões que estão surgindo para mudar os padrões que ordenam os modos de fazer as coisas e que antes não existiam. Por exemplo: as questões que envolvem “propriedade intelectual”, pois a Internet possibilita a disponibilização e reprodução de obras clássicas e recentes. Por isso reforça-se a idéia de “indicar a fonte” da qual qualquer tipo de material tenha sido retirado e utilizado: “sempre existe um autor e é preciso respeitá-lo”. Outros problemas comuns são a “pirataria” e os “vírus” que se proliferam na rede.
Atualmente, muitos visionários sonham com inúmeros avanços nas comunicações: barateamento dos serviços (proporcionado pela concorrência); ampliação dos indivíduos conectados; quebra das barreiras hoje impostas pelas diferentes línguas do globo; conhecimento, cada vez maior, das inúmeras culturas do mundo; surgimento de novas ferramentas que, certamente, dinamizarão as interações comunicativas entre as pessoas através da WEB etc.

Por fim, talvez seja conveniente lembrar que hoje, para estar conectado à Internet, é necessário, antes de tudo, um ponto telefônico e, em alguns casos, uma antena específica (via rádio), e também, um programa específico de navegação (navegador).
O navegador mais conhecido e popularizado aqui no Brasil, é o Windows Explorer, da Microsoft. Existem outros, alguns até gratuitos (freeware), sem os quais, não podemos navegar na WEB.
[1] Em março de 2007, era sabido, por meio de pesquisas divulgadas nas diferentes mídias, que 5% dos brasileiros estariam conectados à Internet. Hoje, pouco mais de um ano depois, dispomos de dados que mostram que 14% da população brasileira é internauta.



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